GEOCOUNTER

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Médicos tratam coração partido


Excesso de hormônios explica a dor no peito quando a relação termina .

Quando o relacionamento termina, não tem jeito: o peito aperta e o coração dói, como se tivesse levado uma pancada. Antes que sua melhor amiga comece a discursar, dizendo que todo o sofrimento é psicológico, corte o assunto e diga que até a Ciência já reconhece o problema como um mal físico.Um estudo recente, publicado na revista American Journal of Cardiology, conseguiu mapear de onde vem a dor: ela é causada pelo aumento de hormônios e pelo estresse em excesso, apresentando os mesmos sintomas de um ataque cardíaco (falta de ar e dores no peito).Mas, felizmente, a síndrome do coração partido, como foi batizada pelos especialistas, é totalmente reversível e temporária. Após acompanhar 70 pacientes com características da síndrome, os médicos relataram que todos venceram o problema, incluindo os 20% em estado crítico. O tratamento aconteceu basicamente com aspirinas ou remédios cardíacos, que ajudam a controlar os batimentos do coração, diminuindo a sensação de mal-estar.Mas nada de tentar um tratamento caseiro. A cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Denise Hachul, afirma que os sintomas servem de sinal de alerta e devem ser respeitados quando o assunto é a saúde do coração. "Eles são um sinal do corpo, avisando que precisa de socorro. No caso do infarto do miocárdio, por exemplo, as dores surgem pela falta de oxigênio no coração. A opinião de um especialista é a melhor maneira de lidar com qualquer inconveniente". O próximo passo da pesquisa é verificar se os sintomas causam algum dano duradouro para o coração.
Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/materias/alimentacao/Medicosnbsptratam+coracao+partido.mv

E a psicanálise?

Nasio, no ótimo "O livro da dor e do amor", fala sobre esta relação conplexa entre amor-corpo-dor. Vejam alguns trechos:

“quando a causa se localiza nesse invólucro de proteção do eu que é o corpo, qualificamos a dor de corporal; quando a causa se situa mais-além
do corpo, no espaço imaterial de um poderoso laço de amor, a dor é chamada
psíquica” (p.25).



“essa ruptura violenta e súbita, suscita imediatamente um sofrimento interior, vivido como um dilaceramento da alma, como um grito mudo que jorra das entranhas "(p.25).


"A dor é a desorientação que sentimos quando, tendo perdido um ente querido, nós nos encontramos diante da mais extrema tensão interna, confrontados com um desejo louco no interior de nós mesmos, com uma espécie de loucura interior que fica adormecida em nós, até que uma perda exterior venha arrancar os seus gritos de desespero" (p. 52).


É uma ótima leitura sobre o sofrimento da perda da pessoa amada.


NASIO, J.–D. O livro da dor e do amor. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

E o que Freud diz?

"Nós nunca somos tão desamparadamente infelizes como quando perdemos um amor.
(Sigmund Freud)

Sim, sim. E como diria o Zé da Serrania: "o amor é uma dor".....

"O amor é uma dor, é um tédio sem remédio
que nem um prédio desabando
assim sigo te amando
sendo deixado de lado sem ser amado".

Nenhum comentário:

Postar um comentário