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domingo, 4 de abril de 2010

"A solução é alugar o Brasil" - A DOUTRINA DO CHOQUE: a ascensão do capitalismo de desastre.




Neste livro podemos entender o que houve durante as ditaduras militares na América Latina e porque o Estado está sendo sucateado e como tudo isto faz parte de um mesmo plano de venda dos aparelhos estatais para as grandes corporações de forma que o livre mercado possa atuar cada vez mais livremente. Que seria de nós se tudo: saúde, educação,segurança ficassem nas mãos das corporações? Imagine-se numa UTI tendo que buscar em seu bolso a solução de vida ou morte. PENSE NISSO! O Estado pode ser MONITORADO. Você pode entrar uma sessão pública do Senado, mas pode entrar na sala do diretor da General Motors, da IBM? E se eles controlassem nossa saúde, alimentação , transporte..etc?
Mas é isso que está acontecendo. Estamos cada vez mais vendo nossa segurança publica ser sucateada para que, quando a população estiver desesperada, alguém chegue com a solução milagrosa: vamos privatizar a segurança pública. Tudo bem pensado e esquematizado. Ou você ainda acha que tudo acontece aleatóriamente?
Aqui seguem duas sinopses do melhor livro que li em toda minha vida.
Entenda como experimentos psiquiátricos foram utilizados para amansar sociedades inteiras sob regimes autoritários.


A DOUTRINA DO CHOQUE:
A ASCENSÃO DO CAPITALISMO DE DESASTRE

SINOPSE 1:


"O que o furacão Katrina de Nova Orleans tem a ver com as ditaduras da década de 1960 na América Latina? Qual é a relação entre o tsunami na Ásia e o massacre da Praça da Paz Celestial na China? Afinal, existe uma conexão entre a Guerra do Iraque e a democracia acorrentada da África do Sul?

A resposta, segundo a jornalista canadense Naomi Klein, é SIM.

Sua tese é a de que todas essas tragédias, naturais ou construídas, fazem parte do processo de ascensão do “capitalismo de desastre” – a forma atual que o sistema capitalista encontrou para se tornar hegemônico em lugares e situações em que até então ele não era. Exemplos? Em Nova Orleans, após o furacão Katrina, a educação foi reformulada – as escolas públicas foram, a partir de um “conselho” do economista Milton Friedman, privatizadas. Numa gafe tremenda, a secretária de Estado Condoleeza Rice declarou o tsunami uma “oportunidade maravilhosa” para a política externa americana.


Sob a “doutrina do choque”, o medo e o desespero se transformam em oportunidade de ganhar dinheiro. Das técnicas de tortura usadas pela CIA desde os anos 50 à instalação de resorts de luxo nas praias da Tailândia devastadas pelo tsunami, Naomi Klein mostra a lógica perversa de um sistema orientado pela busca do lucro. Um sistema que não produz diretamente as tragédias naturais, mas que não tarda em incorporá-las em sua agenda de negócios."

SINOPSE 2:

Tragédia em Nova Orleans, 2005. Enquanto o mundo assiste ao flagelo dos moradores com as inundações causadas por tempestades que estouraram os diques da cidade, o economista Milton Friedman apresenta no jornal The Wall Street Journal uma idéia radical. Aos 93 anos de idade e com a saúde debilitada, o papa da economia liberal das últimas cinco décadas vislumbrava, naquele desastre, uma oportunidade de ouro para o capitalismo: "A maior parte das escolas de Nova Orleans está em ruínas", observou. "É uma oportunidade para reformar radicalmente o sistema educacional". Para Friedman, melhor do que gastar uma parte dos bilhões de dólares do dinheiro da reconstrução refazendo e melhorando o sistema escolar público, o governo deveria fornecer vouchers para as famílias, que poderia gastá-los nas instituições privadas. Estas teriam subsídio estatal. A privatização proposta seria não uma solução emergencial, mas uma reforma permanente. A idéia deu certo. Enquanto o conserto dos diques e a reparação da rede elétrica seguiam a passos lentos, o leilão do sistema educacional se tornava realidade em tempo recorde.

Link para vídeo sobre o livro:
http://www.youtube.com/watch?v=7HMdZnokY3s

2 comentários:

  1. Chamar questoes como esta de teoria da conspiracao é uma forma de desqualificar a tese sem argumentacao suficiente..é o que fizeram com o livro ADMIRAVEL MUNDO NOVO...E ca estamos, quando alguém que posta no blog esta conectado, aparece em meus registros.
    Manifeste-se mais e identifique-se..seria legal Abracos.

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  2. Como disse, sua identificação seria legal..apenas isso. Entendo o que diz. Não acredito que possamos voltar a um tempo em que as facilidades tecnológicas não existiam. Nem creio que tais facilidades possam ser creditadas apenas ao capitalismo. Da mesma forma, não creio que a resposta para uma sociedade mais justa para todos seja a derrocada dos Estados Unidos. De qualquer maneira, uma opinião não importada sobre como o brasileiro está submetido a um processo de dependência em vários sentidos pode ser encontrada em Darcy Ribeiro. Me parece que quando você propõe que não possamos questionar o capitalismo sem aboli-lo completamente de nossas vidas, em seus resquícios mínimos, está sendo extremista tanto quanto aquele que propõe a derrubada dos EUA ou discrimina sua amiga. Acredito que temos a possibilidade de questionarmos o excesso de um sistema que leva a um declínio de valores morais e do real valor dos produtos, serviços e pessoas. Não proponho vivermos em cavernas, mas questiono um ser humano ter seu valor reduzido ao seu bolso: quando é atendido numa loja, quando escolhe uma profissão, uma roupa, uma verdade, um caminho. Questiono o quanto estamos vulneráveis às decisões dos governantes e o quanto estamos distantes de suas reais intenções. Não sou otimista quanto ao ser humano e este livro me ajudou a pensar algumas questões de outra forma. Obrigada por participar e espero que sua amiga fique bem.
    Abraços

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