Sempre que ouço alguém reclamando, responsabilizando os outros pelas proprias atitudes, lembro de uma parábola bem bonitinha (sei sei..parece a Ana Maria Brega,mas...) do Monge e o Escorpião e que tem uma moral psicanalítica.
Parábola: O monge e o escorpião
"Um Monge e seus discípulos iam por uma estrada e ao passarem por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O Monge correu pela margem do rio, entrou na água e pegou o bichinho na mão.Quando o trazia para fora, o bichinho o picou. Devido à dor, o Monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, apanhou um ramo de árvore, correu, entrou no rio, pegou o escorpião e o salvou. Voltou o Monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!O Monge ouviu tranqüilamente os comentários e repondeu:
--Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha".
Se formos tentar agir de acordo com o comportamento dos outros, suas expectativas e respostas para conosco, ficamos num mar de incerteza e sofrimento. Numa análise, conseguimos encontrar um fio norteador dentro de nós que permite que não sejamos levados ao sabor dos ventos oriundos do desejo do outro. Não se trata propriamente de natureza, mas de conhecer seu limites e possibilidades e cuidar para quem ambos estejam à frente das nossas escolhas.
Se formos nos pautar pelo escorpiões da vida...dá uma preguiça viver...
Há 2 anos
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