O CANTO DAS ENCANTADAS
Contam os pescadores, habitantes na Praia das Conchas, que, tempos atrás, ao sul da Ilha do mel, na gruta das Encantadas, viviam lindas mulheres que bailavam e cantavam ao nascer do sol e ao crepúsculo. Dizem que seu canto era inebriante, perigoso. Se um pescador o ouvisse, facilmente perderia o rumo do barco, que poderia bater nas rochas e naufragar. Até que um dia, ao amanhecer, um corajoso marinheiro colocou-se à espreita, no alto de um rochedo. Os primeiros raios de luz surgiam no Leste quando o marujo começou a ouvir a melodia proveniente do interior da gruta.
As mulheres, nuas e belas, foram surgindo, dançando sua ciranda e seu canto ficando cada vez mais forte. Estranhamente, o marujo não adormeceu e não desgrudou os olhos daquela celebração. Aos poucos, foi se deixando fascinar pela beleza de uma das dançarinas, a dos olhos verdes da cor do mar. De repente, não se conteve e lançou-se à pequena praia, correndo em direção à jovem que tanto o atraíra.
Declarou-se apaixonado por ela, e seu desejo de permanecer a seu lado por toda a eternidade. "Terás de morrer, então",disse a mulher, segurando-o nas mãos. "Morrerei se for preciso", disse ele, resoluto. E assim, de mãos dadas, ao som o melancólico cântico, desapareceram mar adentro. As mulheres nuncas mais apareceram, e na gruta restam apenas os sons do eterno quebrar das ondas.
Declarou-se apaixonado por ela, e seu desejo de permanecer a seu lado por toda a eternidade. "Terás de morrer, então",disse a mulher, segurando-o nas mãos. "Morrerei se for preciso", disse ele, resoluto. E assim, de mãos dadas, ao som o melancólico cântico, desapareceram mar adentro. As mulheres nuncas mais apareceram, e na gruta restam apenas os sons do eterno quebrar das ondas.
Fonte: ATELIER DE ARTE CLAUDIA DE LARA
Av. Erasto Gaertner, nº 2169, cj. 203 - BacacheriFone:(0xx41) 356-7162 - Curitiba - PR
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