GEOCOUNTER

terça-feira, 30 de novembro de 2010

É PROIBIDO PENSAR ALÉM DO ÓBVIO E DO MORALISMO?



Diante dos fatos que acontecem no Rio de Janeiro sob as lentes superficiais e manipuladoras de certos meios de comunicação a gente se pergunta onde estão os comunicadores inteligentes, críticos e independentes? Preocupados somente com o próprio umbigo e com a valiosa audiência, apostam em versões oportunistas e vazias. Incapazes de trabalhar nas dimensões reflexivas de compreensão do estado de coisas, preferem o fast-food intelectual. Mas, tal performance não é novidade alguma. Nem em relação ao Rio de Janeiro, nem em relação aos bairros de Curitiba. Lembram?
A versão escolhida quase sempre é a que convém. E esse processo é apenas um dos muitos sintomas da precarização cultural, da sociedade do espetáculo e do consumismo. Em movimentos diversos e sobrepostos a superficialidade reproduz o que é hegemônico. Assim, a crítica seja onde for é esvaziada e a forma prevalece sobre o conteúdo.
Surpreso? Pelo contrário, a coisa vai muito além do Rio e pode ser vista ao redor, basta olhar com atenção...
Dainte das "teses" superficiais e fatalistas, há os que achem no sagrado ou no destino explicação para esse fato... me arrepio com essas interpreteções superficiais e vazias. Seja qual for seu ponto de partida, científico, filosófico, religioso ou político tenha CONTEÚDO PARA IR ALÉM DA BOBAGEM E DO ÓBVIO.
Tudo isso, piora quando se defende causalidades sem explicações e se atribui dogmas, mistérios ou mágica a culpa disso tudo. Pois é, quando se quer esvaziar uma discussão se joga no desconhecido ou no outro a responsabilidade de tudo. E da-lhe aguentar os (pseudo) intelectuais com seus seguidores vendados. Quanto menos mistério uma cultura, uma filosofia, uma ideologia ou uma religião tiver, mais democrática será e próxima de sua própria verdade estará.

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