Há 3 anos
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
E DIZIAM QUE O PELÉ FOI DEMAGOGO...
Mais de 70% dos 618,5 mil estudantes brasileiros do 9º ano do ensino fundamental (equivalente à 8ª série) de escolas particulares e públicas já experimentaram bebidas alcoólicas e 24% provaram cigarro. Cerca de 22% deles -a maioria na faixa de 13 a 15 anos- já ficaram bêbados. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita divulgada nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que investigou vários fatores de risco à saúde dos adolescentes. O trabalho, que abrangeu as 26 capitais e o Distrito Federal, tem o objetivo de orientar as políticas públicas de saúde destinadas a esse público. O estudo ressalta que é nessa fase da vida em que ocorrem importantes mudanças e que comportamentos como o tabagismo, consumo de álcool, alimentação inadequada e sedentarismo terão influência na vida adulta e poderão desencadear doenças crônicas. fonte: globo.com
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
UM SONHO ROCK AND ROLL
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
ATITUDE!
O vice-presidente de trocida organizada IMPÉRIO ALVI-VERDE foi preso com mais 14 nesta manhã de sábado. É apenas o começo de uma operação conjunta entre a Companhia de Choque da Polícia Militar e o COPE (Polícia Civil). Foram cumpridos vários mandados de prisão e de busca e apreensão em desfavor de dezenas de pessoas (15 foram presas). Somados aos dois infratores que já estavam presos, até agora a polícia prendeu 17 pessoas. Também ocorreu apreensão de drogas, 4 armas, uniformes, bandeiras, computadores, fichas cadastrais de torcedores, materiais que incitam a violência (livros, DVDs neonazistas), além da interdição da torcida organizada Império Alvi-verde. Continue colaborando com a polícia, forneça informações úteis para a identificação e prisão dos responsáveis pelos delitos praticados após o jogo que resultou no rebaixamento do Coxa.
CONTINUEM !!!!
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
PIRATAS NO BRASIL!
Naquele dia de Natal de 1591, três navios de velas desfraldadas ao sopro do vento entraram no porto de Santos. Os moradores da Vila enchiam as igrejas, ouvindo as missas e sermões da grande festa cristã. De repente, o estrondo da artilharia os encheu de espanto e os lançou em confusão. Ao mesmo tempo, as embarcações miúdas daquela frota despejavam na praia bandos de homens armados de mosquetes e piques, que, soltando gritos espantosos, foram matando quem esboçava a menor resistência, invadindo as casas, saqueando-as, apoderando-se também da Casa da Câmara e ocupando as posições convenientes para dominar a povoação. Eram, na maioria, ruivos, de olhos azuis, grandalhões e barbudos. E um clamor correu de boca em boca por toda a população espavorida: - Os piratas ingleses! Pertenciam os três barcos à esquadra do famoso ladrão do mar Thomas Cavendish. (...) Cavendish era natural de Trimby, na Grã-Bretanha, e recebera patente de corsário da Rainha Elisabeth, inimiga figadal do Império Espanhol, sob cujo domínio se encontravam Portugal e o Brasil quando atacou Santos. (...) Aqui permaneceu cerca de dois meses, tiranizando a população, roubando o que podia roubar, depredando e queimando os engenhos dos arredores. Depois, navegou para o Sul, levando os porões atestados de riquezas. Mas parece que o fato de haver atacado a indefesa povoação brasileira, naquele dia santificado do Natal de 1591, trouxe para ele e seus principais capitães uma verdadeira maldição. É verdade que, para Cavendish, o assalto não fora cometido pelo Natal, que os ingleses respeitam e celebram tradicionalmente; porque em 1591 já haviam os portugueses adotado o calendário da chamada Reforma Gregoriana, e, enquanto para eles (na Inglaterra) era ainda o dia 15, para os portugueses (de Santos) já era o dia 25 (de Natal). Aliás, os ingleses somente viriam a aceitar e adotar essa modificação cronológica, tardiamente, no ano de 1752. Segundo o relato de Knivet, que é o mais detalhado, estavam todos na igreja matriz, entre as 300 pessoas que lá se achavam, comemorando o Natal, sendo retidos e detidos no templo, enquanto os ingleses saqueavam a Vila. Mais tarde, realizado o primeiro saque e reunidas as forças invasoras, o povo, que se achava na igreja, recebeu ordem de abandoná-la, continuando detidos apenas "sete ou oito" dos principais. É evidente que esses 7 ou 8 deveriam ser 20 ou 30, dos mais ricos, importantes e mais capazes de lutar em defesa da terra. Aí estariam então, nesse meio, aqueles que citamos, e que o Natal, com o seu feriado e suas festas especiais, tornara indefesos e inúteis em tal situação. Conta ainda Knivet que, por haver demorado o saque, muitos moradores haviam conseguido safar-se da vila, e esconder-se com seus dinheiros e valores. Ele, Knivet, tivera ordem para dormir no Convento (dos jesuítas), e ali achara um caixote com 1.700 piastras de ouro (350 esterlinos).
Citado por Francisco Martins dos Santos e Fernando Martins Lichti em História de Santos/Poliantéia Santista, 1986, Santos/SP, primeiro volume.
Citado por Francisco Martins dos Santos e Fernando Martins Lichti em História de Santos/Poliantéia Santista, 1986, Santos/SP, primeiro volume.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
PARTE FINAL
O Brasil não tinha tido uma universidade. Começa pelas grandes escolas. Recorde-se que as dezenas de universidades do mundo hispano-americano foram criadas a partir de 1.550, formando ( ) . No Brasil, quem tinha dinheiro para educar o filho em nível superior, mandava-o para Coimbra. Como eram poucos os abastados, em todo o período colonial, apenas conseguimos formar uns 2.800 bacharéis e médicos. Isto significa que, por ocasião da Independência, devia haver, se tanto, uns 2.000 brasileiros com formação superior, aspirando a cargos e mordomias. Havia, por conseqüência, um vasto lugar para aqueles 15.000 fâmulos reais que caíram sobre o Rio de Janeiro, a Bahia e o Recife, convertendo-se, rapidamente, no setor hegemônico da classe dominante, classe dirigente, do país, logo aquinhoada com sesmarias latifundiárias e vasta escravista.
O Brasil cria as suas primeiras escolas depois do desembarque da Corte. E as cria para formar um famulário local. Mas as organiza segundo o modelo napoleônico, federal e não municipalmente. Elas nascem como criações do governo central, estruturadas em escolas superiores autárquicas que não queriam ser aglutinadas em universidades. Nossa primeira universidade, só se ( ) em 1.923. E se cria por decreto, por uma razão muito importante, ainda que extra-educacional: o rei da Bélgica visitava o Brasil, e o Itamarati devia dar a ele o título de Doutor Honoris causa. Não podendo honrar ao reizinho como o protocolo recomendava, porque não tínhamos uma universidade, criou-se para isto a Universidade do Brasil. Assim, Leopoldo se fez doutor aqui também. Assim foi criada a primeira universidade brasileira. Uma universidade que, desde então, se vem estruturando e desestruturando, como se sabe.
Mas o modelo se multiplicou prodigiosamente como os peixes do Senhor. Hoje contamos com mais centena de universidade e milhares de cursos superiores onde já estuda mais de um milhão de jovens. São tantos, que já há quem diga que nossas universidades enfrentam uma verdadeira crise de crescimento, asseverando mesmo que seu problema decorre de haver matriculado gente demais. Teriam elas crescido com tanta demasia que, agora, não podendo digerir o que têm na barriga, jibóiam. Eu acho que o conceito de crise-de-crescimento não expressa bem o fenômeno. Nosso caso é outro. O que ocorre com a universidade no Brasil é mais ou menos o que sucederia com uma vaca se, quando bezerra, ela fosse encerrada numa jaula pequenina. A vaca mesmo está crescendo naturalmente, mas a jaula de ferro aí está, contendo, constringindo. Então o que cresce é um bicho raro, estranho. Este bicho nunca visto é o produto, é o fruto, é a flor acadêmica dessa classe dominante sábia, preclara, admirável que temos, que nos serve e a que servimos patrioticamente contritos. Cremos haver demonstrado até aqui que no campo da educação é que melhor se concretiza a sabedoria das nossas classes dominantes e sua extraordinária astúcia na defesa de seus interesses. De fato, uma minoria tão insignificante e tão claramente voltada contra os interesses da maioria, só pode sobreviver e prosperar contando com enorme sagacidade, enorme sabedoria, que é preciso compreender e proclamar.
Sua última façanha neste terreno, sobre a qual, aliás muito se comenta – às vezes, até de forma negativa – foi a mobralização da nossa educação elementar. A nosso ver, o MOBRAL é uma obra maravilhosa de previdência e sabedoria. Com efeito, é a solução perfeita. Quem se ocupe em pensar um minuto que seja sobre o tema, verá que é óbvio que quem acaba com o analfabetismo adulto é a morte. Esta é a solução natural. Não se precisa matar ninguém, não se assustem! Quem mata é a própria vida, que traz em si o germe da morte. Todos sabem que a maior parte dos analfabetos está concentrada nas camadas mais velhas e mais pobres da população. Sabe-se, também, que esse pessoal vive pouco, porque come pouco. Sendo assim, basta esperar alguns anos e se acaba com o analfabetismo. Mas só se acaba com a condição de que não se produzem novos analfabetos. Para tanto, tem-se que dar prioridade total, federal, à não-produção de analfabetos. Pegar, caçar (com e cedilha) todos os meninos de sete anos para matricular na escola primária, aos cuidados de professores capazes e devotados, a fim de não mais produzir analfabetos. Porém, se se escolarizasse a criançada toda, e se o sistema continuasse matando os velhinhos analfabetos com que contamos, aí pelo ano 2.000 não teríamos mais um só analfabeto. Percebem agora onde está o nó da questão?
Graças ao MOBRAL estamos salvos! Sem ele a classe dominante estaria talvez perdida. Imagine-se o ano 2.000, sem analfabetos no Brasil! Seria um absurdo! Não, graças à previdência de criar para alfabetizar um órgão que não alfabetiza, de não gastar os escassos recursos destinados à educação onde se deveria gastar, de não investir onde se deveria investir – se o propósito fosse generalizar a educação primária – podemos contar com a garantia plena de que manteremos crescente o número absoluto de analfabetos de nosso país.
Também edificante, no caso do MOBRAL, é ele se haver convertido numa das maiores editoras do mundo. Com efeito, a tiragem de suas edições se conta por centenas de milhões. É espantoso, mas verdadeiro: neste nosso Brasil, se não são os analfabetos os que mais lêem, é a eles que se destina a maior parte dos livros, folhetins, livrinhos coloridos que se publica oficialmente, maravilhoso, em quantidades astronômicas. Pode-se mesmo afirmar que o maior empreendimento eleitoral – eleitoral, não editorial – do país é o MOBRAL, como instituição educativa e como co-editora.
Naturalmente que há nisto implicações. Uma delas, a originalidade ou o contraste que faremos no ano 2.000. Então, todas as nações organizadas para si mesma s e que vivem como sociedades autônomas, estarão levando a quase totalidade da sua juventude às escolas de nível superior. Neste momento, nos estados Unidos, mais de 70% dos jovens já estão ingressando nos cursos universitários. Cuba, mesmo, - os cubanos são muito pretenciosos – está prometendo matricular toda a sua juventude nas universidades. Primeiro, eles tentaram generalizar o ensino primário. Conseguiram. Generalizaram, depois, o secundário. Agora, ameaçam universalizar o superior. Parece que já no próximo ano todos os jovens que terminam os seis anos de secundário entrarão para a universidade. É claro para isso, a universidade teve de ser totalmente transformada. Desenclaustrada.
Meditem um pouco sobre este tema e imaginem o efeito turístico que terá, num mundo em que todos tenham feito curso superior, um Brasil com milhões de analfabetos... Pode ser um negócio muito interessante, não é? Sobretudo se eles continuarem com essas caras tristonhas que tem, com esse ar subnutrito que exibem e que não existirá mais neste mundo. O Brasil poderá então ser de fato, o país do turismo, o único lugar do mundo onde se poderá ver coisas assim, de outros tempos, coisas raras, fenomenais, extravagantes. Em conseqüência, a crise educacional do Brasil da qual tanto se fala, não é uma crise, é um programa. Um programa em curso, cujos frutos, amanhã, falarão por si mesmos.
O Brasil cria as suas primeiras escolas depois do desembarque da Corte. E as cria para formar um famulário local. Mas as organiza segundo o modelo napoleônico, federal e não municipalmente. Elas nascem como criações do governo central, estruturadas em escolas superiores autárquicas que não queriam ser aglutinadas em universidades. Nossa primeira universidade, só se ( ) em 1.923. E se cria por decreto, por uma razão muito importante, ainda que extra-educacional: o rei da Bélgica visitava o Brasil, e o Itamarati devia dar a ele o título de Doutor Honoris causa. Não podendo honrar ao reizinho como o protocolo recomendava, porque não tínhamos uma universidade, criou-se para isto a Universidade do Brasil. Assim, Leopoldo se fez doutor aqui também. Assim foi criada a primeira universidade brasileira. Uma universidade que, desde então, se vem estruturando e desestruturando, como se sabe.
Mas o modelo se multiplicou prodigiosamente como os peixes do Senhor. Hoje contamos com mais centena de universidade e milhares de cursos superiores onde já estuda mais de um milhão de jovens. São tantos, que já há quem diga que nossas universidades enfrentam uma verdadeira crise de crescimento, asseverando mesmo que seu problema decorre de haver matriculado gente demais. Teriam elas crescido com tanta demasia que, agora, não podendo digerir o que têm na barriga, jibóiam. Eu acho que o conceito de crise-de-crescimento não expressa bem o fenômeno. Nosso caso é outro. O que ocorre com a universidade no Brasil é mais ou menos o que sucederia com uma vaca se, quando bezerra, ela fosse encerrada numa jaula pequenina. A vaca mesmo está crescendo naturalmente, mas a jaula de ferro aí está, contendo, constringindo. Então o que cresce é um bicho raro, estranho. Este bicho nunca visto é o produto, é o fruto, é a flor acadêmica dessa classe dominante sábia, preclara, admirável que temos, que nos serve e a que servimos patrioticamente contritos. Cremos haver demonstrado até aqui que no campo da educação é que melhor se concretiza a sabedoria das nossas classes dominantes e sua extraordinária astúcia na defesa de seus interesses. De fato, uma minoria tão insignificante e tão claramente voltada contra os interesses da maioria, só pode sobreviver e prosperar contando com enorme sagacidade, enorme sabedoria, que é preciso compreender e proclamar.
Sua última façanha neste terreno, sobre a qual, aliás muito se comenta – às vezes, até de forma negativa – foi a mobralização da nossa educação elementar. A nosso ver, o MOBRAL é uma obra maravilhosa de previdência e sabedoria. Com efeito, é a solução perfeita. Quem se ocupe em pensar um minuto que seja sobre o tema, verá que é óbvio que quem acaba com o analfabetismo adulto é a morte. Esta é a solução natural. Não se precisa matar ninguém, não se assustem! Quem mata é a própria vida, que traz em si o germe da morte. Todos sabem que a maior parte dos analfabetos está concentrada nas camadas mais velhas e mais pobres da população. Sabe-se, também, que esse pessoal vive pouco, porque come pouco. Sendo assim, basta esperar alguns anos e se acaba com o analfabetismo. Mas só se acaba com a condição de que não se produzem novos analfabetos. Para tanto, tem-se que dar prioridade total, federal, à não-produção de analfabetos. Pegar, caçar (com e cedilha) todos os meninos de sete anos para matricular na escola primária, aos cuidados de professores capazes e devotados, a fim de não mais produzir analfabetos. Porém, se se escolarizasse a criançada toda, e se o sistema continuasse matando os velhinhos analfabetos com que contamos, aí pelo ano 2.000 não teríamos mais um só analfabeto. Percebem agora onde está o nó da questão?
Graças ao MOBRAL estamos salvos! Sem ele a classe dominante estaria talvez perdida. Imagine-se o ano 2.000, sem analfabetos no Brasil! Seria um absurdo! Não, graças à previdência de criar para alfabetizar um órgão que não alfabetiza, de não gastar os escassos recursos destinados à educação onde se deveria gastar, de não investir onde se deveria investir – se o propósito fosse generalizar a educação primária – podemos contar com a garantia plena de que manteremos crescente o número absoluto de analfabetos de nosso país.
Também edificante, no caso do MOBRAL, é ele se haver convertido numa das maiores editoras do mundo. Com efeito, a tiragem de suas edições se conta por centenas de milhões. É espantoso, mas verdadeiro: neste nosso Brasil, se não são os analfabetos os que mais lêem, é a eles que se destina a maior parte dos livros, folhetins, livrinhos coloridos que se publica oficialmente, maravilhoso, em quantidades astronômicas. Pode-se mesmo afirmar que o maior empreendimento eleitoral – eleitoral, não editorial – do país é o MOBRAL, como instituição educativa e como co-editora.
Naturalmente que há nisto implicações. Uma delas, a originalidade ou o contraste que faremos no ano 2.000. Então, todas as nações organizadas para si mesma s e que vivem como sociedades autônomas, estarão levando a quase totalidade da sua juventude às escolas de nível superior. Neste momento, nos estados Unidos, mais de 70% dos jovens já estão ingressando nos cursos universitários. Cuba, mesmo, - os cubanos são muito pretenciosos – está prometendo matricular toda a sua juventude nas universidades. Primeiro, eles tentaram generalizar o ensino primário. Conseguiram. Generalizaram, depois, o secundário. Agora, ameaçam universalizar o superior. Parece que já no próximo ano todos os jovens que terminam os seis anos de secundário entrarão para a universidade. É claro para isso, a universidade teve de ser totalmente transformada. Desenclaustrada.
Meditem um pouco sobre este tema e imaginem o efeito turístico que terá, num mundo em que todos tenham feito curso superior, um Brasil com milhões de analfabetos... Pode ser um negócio muito interessante, não é? Sobretudo se eles continuarem com essas caras tristonhas que tem, com esse ar subnutrito que exibem e que não existirá mais neste mundo. O Brasil poderá então ser de fato, o país do turismo, o único lugar do mundo onde se poderá ver coisas assim, de outros tempos, coisas raras, fenomenais, extravagantes. Em conseqüência, a crise educacional do Brasil da qual tanto se fala, não é uma crise, é um programa. Um programa em curso, cujos frutos, amanhã, falarão por si mesmos.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
NOSSOS 13 TITULOS
ESTAMOS FELIZES EM CASA. DEFREUD PULOU, GRITOU, XINGOU E COMEMOROU E FEZ UMA MERECIDA FESTA. A SUA ALEGRIA ME ENVOLVEU E ME FEZ FELIZ TB. ATE BRINQUEI COM OS 5 TITULOS DE SEU FLAMENGO E OS OITO DO MEU SANTOS SAO 13 TITULOS AQUI EM CASA... MAS INFELIZMENTE DE NOVO VEM ALGUEM E ROUBA NOSSA TRANQUILIDADE E NOSSA ALEGRIA. FICAMOS TRISTES PELOS QUE PERDERAM, MAS FICAMOS INDIGNADOS COM OS NOVOS CAPITULOS DE HORROR E VIOLENCIA... o QUE FOI AQUILO NO COUTO? A BARBARIE E A LOUCURA MAIS UMA VEZ INVADIRAM A CIDADE. SERÁ QUE JA ESQUECERAM O ATLETIBA PASSADO ? POR QUE ACHAM QUE UMA BRIGA RESOLVE A INCOMPETENCIA DE DIRIGENTES? PERDER E EMPATAR FAZ PARTE DO JOGAR...OU NAO? O QUE VCS VANDALOS ESTAO FAZENDO COM NOSSO FUTEBOL? EU SEI QUE CAIR PRA SEGUNDA DIVISAO É BEM CHATO, SEI QUE SER CAMPEÃO É DEMAIS, MAS DA SORTE A COMPETENCIA ESSA É UMA ESTRADA A SER PERCORRIDA SEM ATALHOS... E NAO HA DESCULPA, NAO SE PODE COMPACTUAR COM O DESRESPEITO A VIDA... NAO ACEITO A BANALIZACAO DA VIOLENCIA E O POUCO CASO DAS AUTORIDADES. CHEGA DE VIOLENCIA. QUERO DE VOLTA O FUTEBOL ARTE E A TORCIDA DE VERDADE, QUERO DE VOLTA O SARRO NA ESCOLA, A APOSTA EM CERVEJAS, O ABRACO COM PROMESSA DE TROCO, A VINGANÇA INOCENTE NO FUTEBOL DE MESA OU IR COM A CAMISA DO VENCEDOR NO FUTSAL OU NA PRAIA, QUERO DE VOLTA O APERTO DE MAO DE QUEM ENTENDE QUE O JOGO FAZ PARTE DA VIDA E QUE A VIDA ESTA ACIMA DE TUDO.
SARAVÁ CAMPEOES, VITORIOSOS OU NAO QUE ACIMA DE TUDO CELEBRAM A VIDA EM TODO MOMENTO! PARABENS FLAMENGO!
sábado, 5 de dezembro de 2009
TOCA ATÉ O RAUL NESSE TERREIRO
O para-brisa do carro do bacharel em Direito e cartorário Fernando Guimarães, 73 anos, vale por sua carteira de identidade. Ali está lavrado: “Sou filho de Jorge, saravá”. O homem foi sempre assim – um anarquista, dos para-brisas ao resto da carroceria. Virou apóstata quando era guri de suspensórios e ainda conhecido como filho do grande jornalista Acyr Guimarães, um dos pioneiros desta Gazeta do Povo. Detalhe: capitulou a fé às vésperas da Primeira Comunhão. Gostou. Aos 20, com a naturalidade de quem ia às matinês do Thalia, enveredou-se para o espiritismo, debaixo do olho vesgo da família. E passava dos 40 quando rodopiou no centro Edmundo Ferro do Pilarzinho, de onde só saiu para abrir o seu próprio espaço – o Pai Maneco, uma chácara de 8 mil metros quadrados na Estrada Nova de Colombo. Ali, descansou na paz lá de Aruanda, uê. Sequer tem problemas com a vizinhança: o terreiro é colado de muro no Cemitério Santa Cândida. E lá se vão 20 e tantos anos. Nesse tempo, o Pai Maneco se transformou num endereço cult da capital, onde artistas, intelectuais e principalmente universitários dividem a tenda com pobres de Marré e herdeiros do quilombo de Zumbi. É só olhar a pilha de sapatos para ver – são crocks, all stars, scarpins e rasteirinhas compradas nos atacados da Pedro Ivo, todos democraticamente num canto. Não verás um lugar como esse. Saravá. A moçada, diz-se, chega ali atraída por dois itens do kit básico da umbanda: a liberdade de expressão e a música de bradar os céus. A roda de tambores do Pai Maneco é tão animada que deve levar muita gente a pedir ao santo, de lambujem, que o próximo carnaval fique a cargo da casa. Como são 2 mil visitantes por semana, noves fora, as linhas do além devem estar congestionadas “Ai de ti Sapucaí.” Mas os músicos dali não são só bambas. São malabaristas. Sapecam de tudo um pouco, incluindo um ponto “que veio” do poeta Paulo Leminski. O hit “Pomba Gira Blues”, de Anderson Lima e Gabriel Teixeira, à moda Blindagem, esbanja suingue com a letra que fala de macumba e da “moça bonita”, seguida de refrão maneiro: “Me acende uma vela, farofa amarela, com o nome dela...” Claro, o Pai Maneco está no Twitter. E o site da instituição tem cerca de 10 mil visitas mês. Quando a Cultura Afro-brasileira for, aruê, disciplina juramentada, muito professor vai encontrar ali o conteúdo de que precisa – da biografia dos orixás ao significado de palavras gostosas feito doce. Repita comigo: babalorixá, alguidá, juremá, patuá, sarabumba... Foi no site, aliás, que dia desses Fernando atiçou os espíritos que rondam o terreiro e adjacências, do Ogum das Águas ao Cigana Soraya. Num texto escrito a navalha, o babalaô protestou contra a violência das encruzilhadas da vida. Motivo: em 25 de outubro, depois de uma partida de futebol, o estudante João Henrique Mendes Viana acabou atropelado e morto, vítima da guerra das torcidas. A mensagem abalou geral. O local, até então uma espécie de república hippie com passe livre, começou a se transformar numa laboratório de humanidade. Pipocaram e-mails de fiéis dispostos a fazer giras que façam o mundo girar. São pedagogos querendo alfabetizar, profissionais de saúde pondo já o avental branco por cima das saias rodadas. Tem quem se habilite a ensinar como se faz um currículo. Emprego, sabe cumé, tá difícil até para o Caboclo. Pois que fiquem à vontade. Fernando Guimarães segue na rotina. Às segundas-feiras, toma banho de ervas e faz jejum. À noite, recebe o Preto Velho. De terça em diante, prepara-se para se virar em três: logo logo vai ter contraturno no estabelecimento, a quem interessar possa. Mas alto lá, sempre à moda: sem governo e com fúria de atabaques.
O Conselho Mediúnico do Brasil calcula que o Paraná tem 25 mil terreiros – 7 mil só em Curitiba. O Pai Maneco é único entre muitos
Vem de Aruanda, uê, pra Curitiba, uá
publicado em 04/12/2009
José C. Fernadespublicado em 04/12/2009
jcfernandes@gazetadopovo.com.br
Gazeta do Povo on line
Foto: Lucília Guimarães
Arte: Felipe Lima
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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