GEOCOUNTER

domingo, 20 de dezembro de 2009

"Toda dor pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história".
Hannah Arendt (1906-1975)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

E DIZIAM QUE O PELÉ FOI DEMAGOGO...


Mais de 70% dos 618,5 mil estudantes brasileiros do 9º ano do ensino fundamental (equivalente à 8ª série) de escolas particulares e públicas já experimentaram bebidas alcoólicas e 24% provaram cigarro. Cerca de 22% deles -a maioria na faixa de 13 a 15 anos- já ficaram bêbados. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita divulgada nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que investigou vários fatores de risco à saúde dos adolescentes. O trabalho, que abrangeu as 26 capitais e o Distrito Federal, tem o objetivo de orientar as políticas públicas de saúde destinadas a esse público. O estudo ressalta que é nessa fase da vida em que ocorrem importantes mudanças e que comportamentos como o tabagismo, consumo de álcool, alimentação inadequada e sedentarismo terão influência na vida adulta e poderão desencadear doenças crônicas. fonte: globo.com

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

UM SONHO ROCK AND ROLL


REVENDO OS FILMES CHE E CHE 2 É QUASE IMPOSSÍVEL NAO SE EMECIONAR COM A UTOPIA DE CHE PARA A AMERICA LATINA E NO OTIMO DESEMPEHO DE DEL TORO NO PAPEL.

sábado, 12 de dezembro de 2009

ATITUDE!


O vice-presidente de trocida organizada IMPÉRIO ALVI-VERDE foi preso com mais 14 nesta manhã de sábado. É apenas o começo de uma operação conjunta entre a Companhia de Choque da Polícia Militar e o COPE (Polícia Civil). Foram cumpridos vários mandados de prisão e de busca e apreensão em desfavor de dezenas de pessoas (15 foram presas). Somados aos dois infratores que já estavam presos, até agora a polícia prendeu 17 pessoas. Também ocorreu apreensão de drogas, 4 armas, uniformes, bandeiras, computadores, fichas cadastrais de torcedores, materiais que incitam a violência (livros, DVDs neonazistas), além da interdição da torcida organizada Império Alvi-verde. Continue colaborando com a polícia, forneça informações úteis para a identificação e prisão dos responsáveis pelos delitos praticados após o jogo que resultou no rebaixamento do Coxa.
CONTINUEM !!!!

NAO BATA A CABEÇA A TOA
2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

PIRATAS NO BRASIL!


Naquele dia de Natal de 1591, três navios de velas desfraldadas ao sopro do vento entraram no porto de Santos. Os moradores da Vila enchiam as igrejas, ouvindo as missas e sermões da grande festa cristã. De repente, o estrondo da artilharia os encheu de espanto e os lançou em confusão. Ao mesmo tempo, as embarcações miúdas daquela frota despejavam na praia bandos de homens armados de mosquetes e piques, que, soltando gritos espantosos, foram matando quem esboçava a menor resistência, invadindo as casas, saqueando-as, apoderando-se também da Casa da Câmara e ocupando as posições convenientes para dominar a povoação. Eram, na maioria, ruivos, de olhos azuis, grandalhões e barbudos. E um clamor correu de boca em boca por toda a população espavorida: - Os piratas ingleses! Pertenciam os três barcos à esquadra do famoso ladrão do mar Thomas Cavendish. (...) Cavendish era natural de Trimby, na Grã-Bretanha, e recebera patente de corsário da Rainha Elisabeth, inimiga figadal do Império Espanhol, sob cujo domínio se encontravam Portugal e o Brasil quando atacou Santos. (...) Aqui permaneceu cerca de dois meses, tiranizando a população, roubando o que podia roubar, depredando e queimando os engenhos dos arredores. Depois, navegou para o Sul, levando os porões atestados de riquezas. Mas parece que o fato de haver atacado a indefesa povoação brasileira, naquele dia santificado do Natal de 1591, trouxe para ele e seus principais capitães uma verdadeira maldição. É verdade que, para Cavendish, o assalto não fora cometido pelo Natal, que os ingleses respeitam e celebram tradicionalmente; porque em 1591 já haviam os portugueses adotado o calendário da chamada Reforma Gregoriana, e, enquanto para eles (na Inglaterra) era ainda o dia 15, para os portugueses (de Santos) já era o dia 25 (de Natal). Aliás, os ingleses somente viriam a aceitar e adotar essa modificação cronológica, tardiamente, no ano de 1752. Segundo o relato de Knivet, que é o mais detalhado, estavam todos na igreja matriz, entre as 300 pessoas que lá se achavam, comemorando o Natal, sendo retidos e detidos no templo, enquanto os ingleses saqueavam a Vila. Mais tarde, realizado o primeiro saque e reunidas as forças invasoras, o povo, que se achava na igreja, recebeu ordem de abandoná-la, continuando detidos apenas "sete ou oito" dos principais. É evidente que esses 7 ou 8 deveriam ser 20 ou 30, dos mais ricos, importantes e mais capazes de lutar em defesa da terra. Aí estariam então, nesse meio, aqueles que citamos, e que o Natal, com o seu feriado e suas festas especiais, tornara indefesos e inúteis em tal situação. Conta ainda Knivet que, por haver demorado o saque, muitos moradores haviam conseguido safar-se da vila, e esconder-se com seus dinheiros e valores. Ele, Knivet, tivera ordem para dormir no Convento (dos jesuítas), e ali achara um caixote com 1.700 piastras de ouro (350 esterlinos).
Citado por Francisco Martins dos Santos e Fernando Martins Lichti em História de Santos/Poliantéia Santista, 1986, Santos/SP
, primeiro volume.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PARTE FINAL

O Brasil não tinha tido uma universidade. Começa pelas grandes escolas. Recorde-se que as dezenas de universidades do mundo hispano-americano foram criadas a partir de 1.550, formando ( ) . No Brasil, quem tinha dinheiro para educar o filho em nível superior, mandava-o para Coimbra. Como eram poucos os abastados, em todo o período colonial, apenas conseguimos formar uns 2.800 bacharéis e médicos. Isto significa que, por ocasião da Independência, devia haver, se tanto, uns 2.000 brasileiros com formação superior, aspirando a cargos e mordomias. Havia, por conseqüência, um vasto lugar para aqueles 15.000 fâmulos reais que caíram sobre o Rio de Janeiro, a Bahia e o Recife, convertendo-se, rapidamente, no setor hegemônico da classe dominante, classe dirigente, do país, logo aquinhoada com sesmarias latifundiárias e vasta escravista.
O Brasil cria as suas primeiras escolas depois do desembarque da Corte. E as cria para formar um famulário local. Mas as organiza segundo o modelo napoleônico, federal e não municipalmente. Elas nascem como criações do governo central, estruturadas em escolas superiores autárquicas que não queriam ser aglutinadas em universidades. Nossa primeira universidade, só se ( ) em 1.923. E se cria por decreto, por uma razão muito importante, ainda que extra-educacional: o rei da Bélgica visitava o Brasil, e o Itamarati devia dar a ele o título de Doutor Honoris causa. Não podendo honrar ao reizinho como o protocolo recomendava, porque não tínhamos uma universidade, criou-se para isto a Universidade do Brasil. Assim, Leopoldo se fez doutor aqui também. Assim foi criada a primeira universidade brasileira. Uma universidade que, desde então, se vem estruturando e desestruturando, como se sabe.
Mas o modelo se multiplicou prodigiosamente como os peixes do Senhor. Hoje contamos com mais centena de universidade e milhares de cursos superiores onde já estuda mais de um milhão de jovens. São tantos, que já há quem diga que nossas universidades enfrentam uma verdadeira crise de crescimento, asseverando mesmo que seu problema decorre de haver matriculado gente demais. Teriam elas crescido com tanta demasia que, agora, não podendo digerir o que têm na barriga, jibóiam. Eu acho que o conceito de crise-de-crescimento não expressa bem o fenômeno. Nosso caso é outro. O que ocorre com a universidade no Brasil é mais ou menos o que sucederia com uma vaca se, quando bezerra, ela fosse encerrada numa jaula pequenina. A vaca mesmo está crescendo naturalmente, mas a jaula de ferro aí está, contendo, constringindo. Então o que cresce é um bicho raro, estranho. Este bicho nunca visto é o produto, é o fruto, é a flor acadêmica dessa classe dominante sábia, preclara, admirável que temos, que nos serve e a que servimos patrioticamente contritos. Cremos haver demonstrado até aqui que no campo da educação é que melhor se concretiza a sabedoria das nossas classes dominantes e sua extraordinária astúcia na defesa de seus interesses. De fato, uma minoria tão insignificante e tão claramente voltada contra os interesses da maioria, só pode sobreviver e prosperar contando com enorme sagacidade, enorme sabedoria, que é preciso compreender e proclamar.
Sua última façanha neste terreno, sobre a qual, aliás muito se comenta – às vezes, até de forma negativa – foi a mobralização da nossa educação elementar. A nosso ver, o MOBRAL é uma obra maravilhosa de previdência e sabedoria. Com efeito, é a solução perfeita. Quem se ocupe em pensar um minuto que seja sobre o tema, verá que é óbvio que quem acaba com o analfabetismo adulto é a morte. Esta é a solução natural. Não se precisa matar ninguém, não se assustem! Quem mata é a própria vida, que traz em si o germe da morte. Todos sabem que a maior parte dos analfabetos está concentrada nas camadas mais velhas e mais pobres da população. Sabe-se, também, que esse pessoal vive pouco, porque come pouco. Sendo assim, basta esperar alguns anos e se acaba com o analfabetismo. Mas só se acaba com a condição de que não se produzem novos analfabetos. Para tanto, tem-se que dar prioridade total, federal, à não-produção de analfabetos. Pegar, caçar (com e cedilha) todos os meninos de sete anos para matricular na escola primária, aos cuidados de professores capazes e devotados, a fim de não mais produzir analfabetos. Porém, se se escolarizasse a criançada toda, e se o sistema continuasse matando os velhinhos analfabetos com que contamos, aí pelo ano 2.000 não teríamos mais um só analfabeto. Percebem agora onde está o nó da questão?
Graças ao MOBRAL estamos salvos! Sem ele a classe dominante estaria talvez perdida. Imagine-se o ano 2.000, sem analfabetos no Brasil! Seria um absurdo! Não, graças à previdência de criar para alfabetizar um órgão que não alfabetiza, de não gastar os escassos recursos destinados à educação onde se deveria gastar, de não investir onde se deveria investir – se o propósito fosse generalizar a educação primária – podemos contar com a garantia plena de que manteremos crescente o número absoluto de analfabetos de nosso país.
Também edificante, no caso do MOBRAL, é ele se haver convertido numa das maiores editoras do mundo. Com efeito, a tiragem de suas edições se conta por centenas de milhões. É espantoso, mas verdadeiro: neste nosso Brasil, se não são os analfabetos os que mais lêem, é a eles que se destina a maior parte dos livros, folhetins, livrinhos coloridos que se publica oficialmente, maravilhoso, em quantidades astronômicas. Pode-se mesmo afirmar que o maior empreendimento eleitoral – eleitoral, não editorial – do país é o MOBRAL, como instituição educativa e como co-editora.
Naturalmente que há nisto implicações. Uma delas, a originalidade ou o contraste que faremos no ano 2.000. Então, todas as nações organizadas para si mesma s e que vivem como sociedades autônomas, estarão levando a quase totalidade da sua juventude às escolas de nível superior. Neste momento, nos estados Unidos, mais de 70% dos jovens já estão ingressando nos cursos universitários. Cuba, mesmo, - os cubanos são muito pretenciosos – está prometendo matricular toda a sua juventude nas universidades. Primeiro, eles tentaram generalizar o ensino primário. Conseguiram. Generalizaram, depois, o secundário. Agora, ameaçam universalizar o superior. Parece que já no próximo ano todos os jovens que terminam os seis anos de secundário entrarão para a universidade. É claro para isso, a universidade teve de ser totalmente
transformada. Desenclaustrada.
Meditem um pouco sobre este tema e imaginem o efeito turístico que terá, num mundo em que todos tenham feito curso superior, um Brasil com milhões de analfabetos... Pode ser um negócio muito interessante, não é? Sobretudo se eles continuarem com essas caras tristonhas que tem, com esse ar subnutrito que exibem e que não existirá mais neste mundo. O Brasil poderá então ser de fato, o país do turismo, o único lugar do mundo onde se poderá ver coisas assim, de outros tempos, coisas raras, fenomenais, extravagantes. Em conseqüência, a crise educacional do Brasil da qual tanto se fala, não é uma crise, é um programa. Um programa em curso, cujos frutos, amanhã, falarão por si mesmos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sim sim, depois de 17 anos!! eeeeeeeeeee




Começa nesta segunda-feira 7 de dezembro o Congresso Marxismo e Ciências Humanas, promovido em parceria entre o Departamento de Ciências Sociais da UFPR, o Departamento de Filosofia da UFPR e Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira (Nusp).

domingo, 6 de dezembro de 2009

SANTISTA ROCKFREUD PARABENIZA A FLAMENGUISTA DEFREUD


NOSSOS 13 TITULOS


ESTAMOS FELIZES EM CASA. DEFREUD PULOU, GRITOU, XINGOU E COMEMOROU E FEZ UMA MERECIDA FESTA. A SUA ALEGRIA ME ENVOLVEU E ME FEZ FELIZ TB. ATE BRINQUEI COM OS 5 TITULOS DE SEU FLAMENGO E OS OITO DO MEU SANTOS SAO 13 TITULOS AQUI EM CASA... MAS INFELIZMENTE DE NOVO VEM ALGUEM E ROUBA NOSSA TRANQUILIDADE E NOSSA ALEGRIA. FICAMOS TRISTES PELOS QUE PERDERAM, MAS FICAMOS INDIGNADOS COM OS NOVOS CAPITULOS DE HORROR E VIOLENCIA... o QUE FOI AQUILO NO COUTO? A BARBARIE E A LOUCURA MAIS UMA VEZ INVADIRAM A CIDADE. SERÁ QUE JA ESQUECERAM O ATLETIBA PASSADO ? POR QUE ACHAM QUE UMA BRIGA RESOLVE A INCOMPETENCIA DE DIRIGENTES? PERDER E EMPATAR FAZ PARTE DO JOGAR...OU NAO? O QUE VCS VANDALOS ESTAO FAZENDO COM NOSSO FUTEBOL? EU SEI QUE CAIR PRA SEGUNDA DIVISAO É BEM CHATO, SEI QUE SER CAMPEÃO É DEMAIS, MAS DA SORTE A COMPETENCIA ESSA É UMA ESTRADA A SER PERCORRIDA SEM ATALHOS... E NAO HA DESCULPA, NAO SE PODE COMPACTUAR COM O DESRESPEITO A VIDA... NAO ACEITO A BANALIZACAO DA VIOLENCIA E O POUCO CASO DAS AUTORIDADES. CHEGA DE VIOLENCIA. QUERO DE VOLTA O FUTEBOL ARTE E A TORCIDA DE VERDADE, QUERO DE VOLTA O SARRO NA ESCOLA, A APOSTA EM CERVEJAS, O ABRACO COM PROMESSA DE TROCO, A VINGANÇA INOCENTE NO FUTEBOL DE MESA OU IR COM A CAMISA DO VENCEDOR NO FUTSAL OU NA PRAIA, QUERO DE VOLTA O APERTO DE MAO DE QUEM ENTENDE QUE O JOGO FAZ PARTE DA VIDA E QUE A VIDA ESTA ACIMA DE TUDO.

SARAVÁ CAMPEOES, VITORIOSOS OU NAO QUE ACIMA DE TUDO CELEBRAM A VIDA EM TODO MOMENTO! PARABENS FLAMENGO!

sábado, 5 de dezembro de 2009

TOCA ATÉ O RAUL NESSE TERREIRO


O para-brisa do carro do ba­­charel em Direito e car­­torário Fernando Gui­­marães, 73 anos, vale por sua carteira de identidade. Ali está lavrado: “Sou filho de Jorge, saravá”. O homem foi sempre assim – um anarquista, dos pa­­ra-brisas ao resto da carroceria. Vi­­rou apóstata quando era guri de suspensórios e ainda conhecido como filho do grande jornalista Acyr Guimarães, um dos pioneiros desta Gazeta do Povo. De­­ta­­lhe: capitulou a fé às vésperas da Primeira Comunhão. Gostou. Aos 20, com a naturalidade de quem ia às matinês do Thalia, enveredou-se para o espiritismo, debaixo do olho vesgo da família. E passava dos 40 quando rodopiou no centro Ed­­mundo Ferro do Pilarzinho, de onde só saiu para abrir o seu próprio espaço – o Pai Maneco, uma chácara de 8 mil metros quadrados na Estrada Nova de Colombo. Ali, descansou na paz lá de Aruanda, uê. Sequer tem problemas com a vizinhança: o terreiro é colado de muro no Cemitério Santa Cândida. E lá se vão 20 e tantos anos. Nesse tempo, o Pai Maneco se transformou num endereço cult da capital, onde artistas, intelectuais e principalmente universitários dividem a tenda com pobres de Marré e herdeiros do quilombo de Zumbi. É só olhar a pilha de sapatos para ver – são crocks, all stars, scarpins e rasteirinhas compradas nos atacados da Pedro Ivo, todos democraticamente num canto. Não verás um lugar como esse. Saravá. A moçada, diz-se, chega ali atraída por dois itens do kit básico da umbanda: a liberdade de expressão e a música de bradar os céus. A roda de tambores do Pai Maneco é tão animada que deve levar muita gente a pedir ao santo, de lambujem, que o próximo carnaval fique a cargo da casa. Como são 2 mil visitantes por semana, noves fora, as linhas do além devem estar congestionadas “Ai de ti Sapucaí.” Mas os músicos dali não são só bambas. São malabaristas. Sape­­cam de tudo um pouco, incluindo um ponto “que veio” do poeta Paulo Leminski. O hit “Pomba Gi­­ra Blues”, de Anderson Lima e Ga­­briel Teixeira, à moda Blindagem, esbanja suingue com a letra que fala de macumba e da “moça bonita”, seguida de refrão maneiro: “Me acende uma vela, farofa amarela, com o nome dela...” Claro, o Pai Maneco está no Twitter. E o site da instituição tem cerca de 10 mil visitas mês. Quando a Cultura Afro-brasileira for, aruê, disciplina juramentada, muito professor vai encontrar ali o conteúdo de que precisa – da biografia dos orixás ao significado de palavras gostosas feito doce. Repita comigo: babalorixá, alguidá, juremá, patuá, sarabumba... Foi no site, aliás, que dia desses Fernando atiçou os espíritos que rondam o terreiro e adjacências, do Ogum das Águas ao Ci­­gana Soraya. Num texto escrito a navalha, o babalaô protestou contra a violência das encruzilhadas da vida. Motivo: em 25 de outubro, depois de uma partida de futebol, o estudante João Henrique Mendes Viana acabou atropelado e morto, vítima da guerra das torcidas. A mensagem abalou geral. O local, até então uma espécie de república hippie com passe livre, começou a se transformar numa laboratório de humanidade. Pipocaram e-mails de fiéis dispostos a fazer giras que façam o mundo girar. São pedagogos querendo alfabetizar, profissionais de saúde pondo já o avental branco por cima das saias rodadas. Tem quem se habilite a ensinar como se faz um currículo. Emprego, sabe cumé, tá difícil até para o Caboclo. Pois que fiquem à vontade. Fernando Guimarães segue na rotina. Às segundas-feiras, toma banho de ervas e faz jejum. À noite, recebe o Preto Velho. De terça em diante, prepara-se para se virar em três: logo logo vai ter contraturno no estabelecimento, a quem interessar possa. Mas alto lá, sempre à moda: sem governo e com fúria de atabaques.
O Conselho Mediúnico do Brasil calcula que o Paraná tem 25 mil terreiros – 7 mil só em Curitiba. O Pai Maneco é único entre muitos
Vem de Aruanda, uê, pra Curitiba, uá
publicado em 04/12/2009
José C. Fernades
jcfernandes@gazetadopovo.com.br
Gazeta do Povo on line

Foto: Lucília Guimarães
Arte: Felipe Lima

domingo, 29 de novembro de 2009

LIBERDADE DE CULTURA E DE FÉ!

Uma professora da Escola Municipal Pedro Adami, em Córrego do Ouro, Macaé, RJ, teria sido afastada pela direção por ter dado uma aula sobre religiões afro-brasileiras.Na aula, usou o livro "Lendas de Exu", de Ademir Martins, recomendado pelo próprio MEC. A diretora teria alegado que a comunidade local é evangélica. A professora diz que vai à Justiça.Depois concluir um curso de pós-graduação em cultura africana e afro-brasileira oferecido pela Prefeitura, Maria Cristina foi punida pela diretora da escola, com o afastamento de sala de aula, justamente porque “ousou” dar uma aula sobre religião africana, usando o livro “Lendas de Exu”, de Ademir Martins, editado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC.O livro ela pegou na biblioteca do colégio, e traz o carimbo de recomendação da própria Prefeitura de Macaé.Em 18 anos de magistério, Maria Cristina disse que nunca tinha passado por uma situação semelhante. Segundo ela foram 20 dias de sofrimento, por causa de uma punição injusta porque entrou em sala de aula para aplicar uma determinação do Governo Federal, que criou uma lei para ao educador aplicar e ele se sente constrangido:— A diretora me ameaçou dizendo: “Ou você pára ou eu vou lhe colocar pra fora. A comunidade aqui é evangélica, se você não parar vai ter que sair”.É muito doloroso, pois isso aconteceu depois que eu me aprofundei na cultura afro e vi que está na hora de mostrar essa beleza cultural, além do que o colonizador fez com negros e índios. Uma história que está abafada desde o meu tempo de aluna.Maria Cristina disse que nesta sexta-feira, 3 de outubro, vai entrar com uma ação no Ministério Público contra a diretora da escola, por causa das humilhações que sofreu.O caso dela recebeu a solidariedade da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, que fez uma moção de desagravo publicada pelo jornal Extra.Insatisfeita com a repercussão da história, a diretora, além de ameaçar Maria Cristina com o afastamento da escola, afixou no quadro de avisos da sala dos professores a notícia do jornal ao lado do texto de um provérbio bíblico, sublinhando a palavra “mentirosa” e a citação “testemunha falsa que profere mentiras”.O caso da professora de Macaé se configura como um grave atentado à liberdade de expressão religiosa, que fere a Constituição e a Lei federal 10.639 (que determina o ensino da cultura africana e afro-brasileira nas escolas).E nesse caso há perguntas que continuam sem respostas.Por exemplo:Que medidas o Governo federal pretende adotar para que a legislação seja respeitada?Quais os mecanismos o MEC tem para controlar o não cumprimento do ensino obrigatório das culturas africana e afro-brasileira nas escolas?(matéria na íntegra: http://www.abi. org.br/primeirap agina.asp? id=3229) Fonte: FUEP

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PAZ CURITIBA!


O Deputado Caíto apresentou esta semana, na Assembléia Legislativa do Paraná Projeto de Lei que institui no calendário oficial do Estado do Paraná, o dia 4º domingo de mês de outubro como “O DIA DA PAZ ENTRE AS TORCIDAS."
Em sua justificava o Deputado Caíto argumenta que a cada partida de futebol a sociedade contabiliza os prejuízos causados pelo vandalismo que invade as cidades, principalmente no entorno dos estádios. Embora os esforços das equipes de segurança pública ou privada sejam extremados para não haja tais acontecimentos, a cada partida de futebol novos acontecimentos, nefastos, são produzidos por vândalos e marginais misturados entre os torcedores. O Deputado lembrou que no dia 25 de Outubro de 2009, entre notícias que precedem as partidas de futebol, fomos surpreendidos por um fato isolado que estarreceu a sociedade paranaense: o atropelamento do estudante de direito da Faculdades Curitiba - JOÃO HENRIQUE MENDES XAVIER VIANA, 21 anos, na saída de um estádio na cidade de Curitiba. O fato consumado, seguido de milhares de manifestações nas ruas e na rede mundial de computadores, através do documento “MANISFESTO PELA PAZ E PELA CIDADANIA”, encaminhado às autoridades e jornalistas de todo o país, traz-nos a reflexão de que tal situação jamais poderia ter acontecido, mas se aconteceu não poderá passar despercebido aos olhares atentos da sociedade civil representado por este legislativo. Além de se tratar do estudante e do filho João Henrique, trata-se também do jovem João Henrique que teve, abrupta e violentamente, todos seus sonhos interrompidos apenas por ter ido a um estádio de futebol. O Deputado Caíto falou que “com a aprovação do projeto teremos a oportunidade da conscientização das torcidas; os amigos e familiares do João Henrique continuarão com a caminhada para combater a banalização da violência: por mais que se vá à guerra, ninguém sai de casa para morrer! Esta data é oportuna para que as torcidas organizadas prestem conta, nas tribunas disponíveis, de um balanço anual que demonstre as ações tomadas para que seja coibida a violência nos estádios e que o futebol continue sendo o programa da família paranaense - esta é a grande meta!”

terça-feira, 24 de novembro de 2009

UM SURFISTA MUITO ROCK AND ROLL


* PERTO DE COMPLETAR 50 (CINQUENTA) ANOS, O SURFISTA SANTISTA PICURUTA SALAZAR GANHOU NO ULTIMO FIM DE SEMANA NA PRAIA DA MACUMBA NO RIO DE JANEIRO SEU DÉCIMO TÍTULO NACIONAL NO PRANCHÃO. COM UM SHOW DE SURF. AO LONGO DE SUA VITORIOSA CARREIRA FORAM MAIS DE 150 TITULOS IMPORTANTES NO SURF.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

PRA COMEÇAR BEM A SEMANA


Pensando esta semana sobre os relacionamentos humanos...casamentos.. penso aue são e devem ser dádivas de Deus. Achei esta musica lindissima do Dorival e Nana Caymmi cantando juntos. Deve ser assim..mesmo.

TUDO O QUE SE QUER
Ele:

Olha nos meus olhos
Esquece o que passou
Aqui neste momento
Silêncio e sentimento
Sou o teu poeta
Eu sou o teu cantor
Teu rei e teu escravo
Teu rio e tua estrada

Ela:
Vem comigo meu amado amigo
Nessa noite clara de verão
Seja sempre o meu melhor presente
Seja tudo sempre como é
É tudo que se quer
Ele:
Leve como o vento
Quente como o sol
Em paz na claridade
Sem medo e sem saudade
Ela:
Livre como o sonho
Alegre como a luz
Desejo e fantasia
Em plena harmônia
Ele:
Eu sou teu homem, sou teu pai, teu filho
Sou aquele que te tem amor
Sou teu par, o teu melhor amigo
Vou contigo seja aonde for
E onde estiver estou
(Ambos):
Vem comigo meu amado amigo
Sou teu barco neste mar de amor
Sou a vela que te leva longe
Da tristeza, eu sei, eu vou
Onde estiver estou
E onde estiver estou

sábado, 21 de novembro de 2009

"A universidade é o útero das classes dirigentes da nação do futuro.
Nenhuma sociedade pode viver sem universidades."
Darcy Ribeiro


"O livro é o tijolo da alma"

Darcy Ribeiro
"Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu".
( DARCY RIBEIRO )

PAZ BRASIL! VIVA NOSSA DIVERSIDADE

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele,ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender,e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar,pois o amor chega mais naturalmenteao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,jamais extinta."
Nelson Mandela

sexta-feira, 20 de novembro de 2009



10 ANOS SEM PLINIO MARCOS - UM CARA MUITO ROCK AND ROLL


Plínio Marcos de Barros nasceu em Santos, em 29 de Setembro de 1935, e faleceu em São Paulo, em 19 de Novembro de 1999. Filho de um bancário (Armando) e de uma dona-de-casa (Hermínia), tinha 4 irmãos e uma irmã.] “A gente veio de origem mais ou menos humilde, mas minha infância foi muito feliz, pelo menos foi muito despreocupada. Morava numa vila de pequenos bancários – na Rua das Antigas Laranjeiras - e foi nessa vila que me criei. A única dificuldade que eu tinha era exatamente o colégio. Eu não suportava a escola. [Grupo Escolar Dona Lourdes Ortiz] Levei quase dez anos para sair do primário. E quando saí já não dava mais para continuar estudando.” “Meu pai tentou me enfiar em todas as profissões possíveis. Ele dizia que, se eu tivesse uma profissão, sempre iria sobreviver. Então meu pai me botou de aprendiz de encanador. E eu acabei ficando funileiro. A minha profissão mesmo é funileiro - é o que consta no meu certificado de reservista."[Seu pai, que era espírita, também o colocou para vender livros numa banca de livros espíritas numa praça de Santos. Entre suas múltiplas atividades, inclui-se, ainda, a de estivador no cais do porto de Santos.] “ Para ser franco, eu, quando pequeno, era tido como débil mental. Não conseguia aprender. Meu poder de concentração era nenhum.”[Já adulto, afirmava que tinha sido canhoto na infância e que, pelos métodos educacionais da sua época de criança, fora forçado a usar apenas a mão direita, o que lhe dificultaria o aprendizado, impedindo-o de realizar os trabalhos escolares com a mesma rapidez dos seus colegas. Isso, dizia, teria contribuído para torná-lo alienado do processo de aprendizado. Mas, o fato é que sempre realizava todas as atividades com a mão direita, inclusive escrever. E toda a sua obra foi manuscrita.] “Queria mesmo era ser jogador de futebol. Cheguei até a jogar no juvenil da Portuguesa Santista, no Jabaquara.” “Inclusive entrei para a Aeronautica seduzido pela idéia de jogar no time dela.” [Começou a jogar na várzea santista, como ponta-esquerda, e era tido como bom jogador.] Começou a vida profissional como palhaço de circo. “Trabalhei em todos os circos, no Circo dos Ciganos, no Circo do Pingolô e da Ricardina, no Circo Toledo, Cirdo Rubi, da Aurora Viana e do Carvalhinho. Depois começou a fazer teatro amador e na decada de 50 percorria o interior paulista com a Companhia Santista de Teatro de Variedades, atuando como palhaço, humorista e ocasionalmete como ator e diretor. Foi pouco tempo depois que começou a escrever suas histórias e não parou mais. . Dizia ele: “Eu nunca fui um escritor profissional, morreria de fome se fosse viver dos meus livros.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

40 ANOS DEPOIS

Falar de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, é falar não somente do melhor jogador de futebol de todos os tempos, mas também do maior esportista do século. Em qualquer parte do planeta é reconhecido e venerado por aficionados do futebol. Reis, príncipes, chefes de estado e até o Papa, conhecem suas extraordinárias qualidades de sportista e ser humano. Em 1994 - 36 anos depois de aparecer frente aos olhos do mundo, conquistando pelo Brasil a primeira de suas três Copas do Mundo, na Suécia em 1958 -, o "Rei" foi ratificado por todo o continente europeu como o melhor jogador da história do futebol, título que antes já havia sido dada a ele por toda a América. Mas quase 20 anos antes, em 1973, Pelé havia recebido a indicação de "Atleta do Século", o qual foi outorgado em Paris, superando outras lendas do esporte como Juan Manuel Fangio e Mohammed Ali. Ninguém foi como Pelé, ganhou três das quatro Copas do Mundo que participou: Suécia (58), Chile (62) e no México em 70. Ganhou 2 mundiais pelo Santos FC. Na sua carreira marcou 1.285 gols, em 1.321 partidas que jogou entre o amador e profissional. Hoje faz 40 anos que Pelé marcou o Gol 1000 no Maracanã. Seu apelo pelas crianças pareceu na época demagógico e ingênuo. Décadas depois ganhou outro status diante da fome, da violência, das ruas, da prostituição, do analfabetismo, e da exclusão que muitas crianças encontram no Brasil.

fontes: Terra, Pelenet, Sport -S

terça-feira, 17 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009