Plínio Marcos de Barros nasceu em Santos, em 29 de Setembro de 1935, e faleceu em São Paulo, em 19 de Novembro de 1999. Filho de um bancário (Armando) e de uma dona-de-casa (Hermínia), tinha 4 irmãos e uma irmã.] “A gente veio de origem mais ou menos humilde, mas minha infância foi muito feliz, pelo menos foi muito despreocupada. Morava numa vila de pequenos bancários – na Rua das Antigas Laranjeiras - e foi nessa vila que me criei. A única dificuldade que eu tinha era exatamente o colégio. Eu não suportava a escola. [Grupo Escolar Dona Lourdes Ortiz] Levei quase dez anos para sair do primário. E quando saí já não dava mais para continuar estudando.” “Meu pai tentou me enfiar em todas as profissões possíveis. Ele dizia que, se eu tivesse uma profissão, sempre iria sobreviver. Então meu pai me botou de aprendiz de encanador. E eu acabei ficando funileiro. A minha profissão mesmo é funileiro - é o que consta no meu certificado de reservista."[Seu pai, que era espírita, também o colocou para vender livros numa banca de livros espíritas numa praça de Santos. Entre suas múltiplas atividades, inclui-se, ainda, a de estivador no cais do porto de Santos.] “ Para ser franco, eu, quando pequeno, era tido como débil mental. Não conseguia aprender. Meu poder de concentração era nenhum.”[Já adulto, afirmava que tinha sido canhoto na infância e que, pelos métodos educacionais da sua época de criança, fora forçado a usar apenas a mão direita, o que lhe dificultaria o aprendizado, impedindo-o de realizar os trabalhos escolares com a mesma rapidez dos seus colegas. Isso, dizia, teria contribuído para torná-lo alienado do processo de aprendizado. Mas, o fato é que sempre realizava todas as atividades com a mão direita, inclusive escrever. E toda a sua obra foi manuscrita.] “Queria mesmo era ser jogador de futebol. Cheguei até a jogar no juvenil da Portuguesa Santista, no Jabaquara.” “Inclusive entrei para a Aeronautica seduzido pela idéia de jogar no time dela.” [Começou a jogar na várzea santista, como ponta-esquerda, e era tido como bom jogador.] Começou a vida profissional como palhaço de circo. “Trabalhei em todos os circos, no Circo dos Ciganos, no Circo do Pingolô e da Ricardina, no Circo Toledo, Cirdo Rubi, da Aurora Viana e do Carvalhinho. Depois começou a fazer teatro amador e na decada de 50 percorria o interior paulista com a Companhia Santista de Teatro de Variedades, atuando como palhaço, humorista e ocasionalmete como ator e diretor. Foi pouco tempo depois que começou a escrever suas histórias e não parou mais. . Dizia ele: “Eu nunca fui um escritor profissional, morreria de fome se fosse viver dos meus livros.
fonte: www.pliniomarcos.com
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