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quarta-feira, 11 de março de 2009


Título: Variações quase atonais entre Psicanálise e Música — a escuta, o silêncio e a musicalidade Jacila Maria da Silva

Orientador: Prof. Dr. Joel Birman

Data da defesa: 26/3/2004

O presente estudo tem por objetivo pensar a questão da singularidade a partir da musicalidade. Esta relação, entre musicalidade e singularidade, se fundamenta no conceito de sublimação. A sublimação é aqui entendida como um destino pulsional, como uma possível saída para o mal-estar. O que se coloca como específico aqui é uma consideração das relações entre psicanálise e música, da criação artística musical e das questões que o pensamento musical e a experiência musical moderna podem colocar para a psicanálise. A título de fundamentação, estudamos, sobretudo, o Adorno, a leitura freudiana da arte e a obra de Theodor Reik, considerando a importância do processo criativo na constituição do sujeito e do pensamento musical, pontuando questões que estão em jogo na experiência psicanalítica, a saber: a questão do sentido, da singularidade, da escuta e do silêncio, da voz e da interpretação. Em nossos dias, a problemática das relações entre psicanálise e música tem sido objeto de pesquisa de alguns psicanalistas, sobretudo em estudos sobre o mal-estar na atualidade, que denunciam o processo de massificação e coloca em evidência a questão da singularidade pela via do desejo. Neste contexto, o estudo da música se presentifica pela interrogação sobre o corpo e o afeto em psicanálise. Por outro lado, quando pensamos um social que perdeu a dimensão da experiência do silêncio e de uma linguagem, ou pensamento, que não são regidos por um referente, o estudo da música moderna tem muito a nos dizer, a nos enriquecer, quando pensamos o mal-estar na atualidade.


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